sábado, 22 de outubro de 2016

Sobre o livro #6: O Diário de Anne Frank


O livro “O diário de Anne Frank” conta a história de uma jovem judia que ao ganhar um diário no dia de seu aniversário de 13 anos começou a descrever seu dia a dia. A princípio Anne escrevia em seu diário, que carinhosamente o chamava de Kitty, coisas comuns que uma adolescente passa, mas quando o nazismo se alastrou pela Holanda isso mudou. Anne e sua família tiveram que se esconder. Também escondidos com a família de Anne estava a família Van Pels (Auguste, Hermann e Peter) que no diário ela chama de Van Dan e em seguida chega o dentista Fritz Pfeffer que no diário é chamado de Albert Dussel.

Anne começa a escrever sobre como é estar escondida e sua relação com as pessoas que convivem com ela. No diário ela dá detalhes de todas as coisas que acontecem no anexo secreto (sótão da fábrica de de condimentos onde o pai de Anne trabalhava). Anne se empolgou mais em escrever depois que ela escutou no rádio que depois da guerra membros do governo holandês esperavam recolher testemunhos do sofrimento do povo sob ocupação alemã. Anne descreve todo o medo que todos têm de serem descobertos e como é difícil viver nas condições que eles se encontram. É muito comovente ler o relato de uma adolescente que queria somente ter uma vida comum, mas infelizmente não pôde.

Ela era uma menina muito a frente de seu tempo um dos trechos do livro que mais gosto é quando fala dos direitos das mulheres: “Uma das muitas perguntas que me incomodam é por que as mulheres eram vistas, e ainda são, como inferiores aos homens. É fácil dizer que isso é injusto, mas não basta; realmente gostaria de saber o motivo dessa grande injustiça! Aparentemente os homens dominaram as mulheres desde o inicio por causa da força física... Até bem pouco tempo, as mulheres aceitavam isso em silêncio, o que era algo estúpido, já que quando mais as coisas demoram a mudar, mais entranhadas ficam. Ainda bem que a educação, o trabalho e o progresso abriram os olhos das mulheres. Em muitos países, elas adquiriram direitos iguais; muitas pessoas, principalmente as mulheres, e também os homens percebem agora como é errado tolerar essa situação durante tanto tempo. As mulheres modernas querem o direito de ser completamente independente”.


Anne escrevia que não queria ter uma vida que fosse de acordo com que o padrão imposto pela sociedade. Seu sonho era se formar jornalista e ser uma grande escritora. Ela queria viajar pelo mundo e aprender diversas línguas.

O “O diário de Anne Frank” é um livro que com certeza vai te transformar de alguma forma e te fazer refletir sobre muitas coisas. Depois que terminei esse livro fiquei muito pensativa, pois a segunda guerra mundial é um dos momentos mais terríveis da história da humanidade, onde pessoas foram subjulgadas das piores formas possíveis. E o mais triste é saber que o preconceito persiste até hoje. Que políticos que tem uma grande influência com muitas pessoas transmitem esses discursos de ódio. E pregam que todos somos iguais sem acreditar nisso. Enfim, espero que todos tenham a oportunidade de ler esse livro.

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Até a próxima <3